terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Emanuel Jorge Botelho

no cimo de uma árvore,
o cimo da montanha.
quando um pássaro

a noite guarda a luz
para o silêncio,
a coruja vela

só a asa afaga o rosto do vento,
só o cisne não magoa o dorso da água

cada árvore é a mãe
do primeiro voo

uma pena quieta dentro do vento,
uma rosa do céu

a aurora dentro de uma asa,
a manhã descendo pelo vento

Emanuel Jorge Botelho, 21 Haiku Com Asas, Galeria 111, 2008, p. 13-15

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