segunda-feira, 23 de maio de 2016

Garrafões de plástico? Uma justificação do seu uso em hortas escolares


Quanto à utilidade:
  • são uma barreira física contra a destruição não intencional;
  • são um peso para o acolchoamento com papelão (alimenta, protege das daninhas, mantém humidade e temperatura);
  • são uma fonte de água mesmo ali junto às jovens árvores;
  • são uma reutilização (lembra-se dos três R's. Imagine se reutilizássemos todos os excedentes da escola: papel, plástico, borra de café, restos da cantina, etc; agora imagine uma forma de reutilização pedagógica de alguns desses excedentes e começará a encontrar coisas 'menos bonitas';
  • são uma terapia excelente para alunos especiais - recolher, transportar, encher, depositar; (tenho descoberto que o que fazemos ali é quase só terapia ocupacional);
  • E são temporários; quando os princípios da sombra/ luz e da alimentação combinada das hortas florestais começarem a ser visíveis os garrafões deixarão de ser necessários ou tornar-se-ão invisíveis;
  • E (last but not least) talvez choquem o nosso olhar formatado; mas chamam a atenção para a quantidade diária de plástico que a Escola produz (só em garrafões!);

Quanto ao choque:

Foto anterior à criação do forest garden com a erva do cerrado a abafar a horta. O que chocava muito por estar ao serviço de interesses privados.

A escola existe não para imitar (o modelo dos jardins públicos, por exemplo, com os seus padrões de beleza geométrica ligeiramente medieval, ver aqui, não para propagandear as ideias dos partidos no governo, não para servir os interesses privados dos seus constituintes mas para criar e para chocar (o mesmo que abrir os olhos); para mostrar que é possível fazer o que ainda não foi feito - quando os hortos florestais se tornarem populares, então estará na altura da escola inventar outras formas de lidar com os espaços verdes.
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1 comentário:

  1. "....então estará na altura da escola inventar outras formas de lidar com os espaços verdes."
    a ESCOLA inventa o futuro, antecipa-o. Não é uma garantia para o presente. Recolhe no passado e no presente as sementes que germinarão mais adiante. É uma explosão de criatividade.
    A outra escola, a dos bem comportados é boa para criar bancários. Obedientemente fraudulentos.

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