«(o fosso)
Sobre a piscina, a figueira recorta um zumbido. Escondida atrás do loureiro, junto ao poço, a criança chama a distância: há um nome que se prolonga sem resposta: assim começa o exílio: passo a passo, parto a parto, alguém desenha o mapa:
A mão anónima tem a precisão imensa de uma fuga.
:
sob a fogueira, os reflexos transformam a água num golpe.
Abelhas e libelinhas mortas deslocam a sombra no fundo de azulejos.
Ouve-se respirar. Ou a imobilidade a partir-se?» (p. 60)
excertos retirados da entrevista a Rui Nunes: "Uma Plenitude Terrível" de Maria da Conceição Caleiro in Cão Celeste, nº 4
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