quarta-feira, 4 de junho de 2014

António Feliciano de Castilho (1800-1875)

Resumamo-nos e terminemos;

Portugal está pobre, não tem para pagar as dívidas; não tem para se manter; e de ano para ano se deteriora a sua sorte. O presente é um martírio, o futuro, que deve resultar da continuação de tal presente, horroriza a imaginação.

Portugal está desatado; há insociabilidade, há ódios mútuos e acerbos, e que, herdados e transmitidos pela educação, se tornarão ainda mais implacáveis.

Portugal (consequências legítimas das duas verdades precedentes) tem a sua moralidade relaxada, ou perdida. O instinto lhe está aconselhando Agricultura, como riqueza, como vínculo, como civilização.

António Feliciano de Castilho, Felicidade pela Agricultura, 1848


Sem comentários:

Enviar um comentário