François Schuiten |
As árvores como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores de letras de oiro nas lombadas.
E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.
As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».
É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.
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Eliminareste poema diz tudo o que sempre senti em relação aos livros
ResponderEliminare às árvores
a grandiosidade das árvores como força viva da natureza
com ou sem grande porte
é semelhante à pontência das palavras
dos grandes
mestres
o tão enigmático tronco
e a renovação do ciclo das folhas
sempre me incomodou
da mesma forma
que me surprendem
aqueles textos
inocentemente imaculados:
fontes de sabedoria
inata
como uma dádiva espontânea do ser
Parabéns por este um pouco mais de terra
alimento do corpo e da alma.
Muito obrigada por este comentário vindo dessa Faia do Norte
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